segunda-feira, 25 de maio de 2015

Conformismo com a ignorância




Viver a vida desprezando o conhecimento e conformado com a ignorância é como subir uma colina, se posicionar em uma cadeira confortável para contemplar o luar e não perceber que nessa noite não há lua ou estrelas aparentes. Em síntese, mal se desfruta de um mundo aparente aos olhos. Já a imensidão do universo dos sentidos, essa passa quase por despercebida.

domingo, 24 de maio de 2015

Cenário lastimável


Não sou chef  e nem tão pouco possuo habilidades culinárias, mas acho que posso me atrever a demonstrar como será o bolo de aniversário da independência do Brasil daqui a dez anos, se continuarmos nessa mesma rota.
Imaginem um país em que a Educação é desprezada por aqueles que deveriam estimulá-la e sempre é tratada como meta secundária e residual. Some isso a um país que já teve uma colonização traumática e que os nacionais que tanto brigaram por essa "independência", hoje, muitos deles são os que parecem querer impulsionar o povo a uma total dependência. Agora misture nessa mesma mistura um povo que insiste em se preocupar com carnaval, copa do mundo, novelas e que ignora totalmente qualquer discussão política, inclusive se orgulhando muitas vezes em falar que odeia política e que política não se discute. Ora e não seria através das discussões e debates que a história deveria ser mudada?
Para "agraciar" ainda mais o nosso bolo, somos conhecidos como sendo um povo orgulhoso do "jeitinho brasileiro". Em que quanto mais vantagens levarmos melhor - e em tudo! E como sendo um país em que professores quando não são agredidos nas salas de aula, são surrados e humilhados diante dos braços do Estado".
Como aliado do nosso processo de  - imbecilização - temos o alto nível da mídia televisiva, conhecida no exterior como sendo o cartão postal das belas bundas, carnavais, baladas e exposição das mulheres brasileiras .
No cenário político, encontramos uma orgia que seria capaz de constranger o próprio Calígula. Armações, jogatinas, manipulações e "coligações" remediam o interesse público em detrimento do privado, e já de forma explícita e sem nenhum pudor. Chegamos ao triste ponto de criticarmos o governo e nem sequer termos uma oposição sólida e forte em que possamos confiar. Literalmente estamos como um barco à deriva.
Antes ainda havia a ingênua ideia de termos um "Salvador da Pátria". Pelo menos isso hoje sabemos que aquele que poderia ser o salvador, atualmente pode ter se transformado no nosso maior algoz.
Uma guerra civil no Rio de Janeiro, mas precisamente no Complexo da Maré, em que militares tem derramado seu sangue em troca de um retorno financeiro beirando o ridículo, é apresentada todos os dias em vídeos no youtube, mas a imprensa parece estar mais preocupada com a repercussão que essa exposição possa vir a causar às vésperas de jogos olímpicos e não transmite nada a respeito.
Infelizmente, a cereja desse bolo eu guardarei para uma próxima ocasião, pois o cheiro dessa massa já me fez mal.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Uruguai x Maconha x Narcotráfico


BRASÍLIA - O Uruguai não registra mortes ligadas à venda de maconha desde que o governo local regulamentou o cultivo, o comércio e o uso da droga no início deste ano. Foi o que disse o secretário nacional de drogas do país, Julio Heriberto Calzada, durante um debate promovido pela Comissão de Direitos Humanos no Senado, nesta segunda-feira.
O uruguaio reconheceu que a legalização pode levar a um aumento no número de usuários num primeiro momento. Mesmo assim, ele acredita que a combinação com outras políticas pública pode, com o tempo, modificar padrões de consumo e até reduzir o número de usuários.
O debate é o primeiro de um ciclo de discussões sobre a maconha que acontecerão na comissão, organizado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Motivado por uma petição popular que reuniu mais de 20 mil assinaturas no início do ano, o parlamentar deve elaborar um parecer sobre a possibilidade de regulamentar a maconha no Brasil.
De acordo com Calzada, o Uruguai assegurou o acesso legal à maconha por meio de autocultivo, com até seis pés de cannabis por cada moradia; pela participação de clubes de cultivo, com 15 a 45 membros; ou pela aquisição a partir de um sistema de registro controlado pelo governo.
- A maioria das pessoas não vai querer plantar em casa, mas pode recorrer ao comércio legal. Isso é respeitar os direitos humanos. Mas entendemos que a maconha precisa ter controle, porque tem riscos para a saúde. É preciso uma intervenção direta do Estado para garantir que o marco legal seja respeitado, assim como seus limites - disse ele.
O secretário ressaltou que o Uruguai acabou com o narcotráfico, mas o governo tem a consciência de que não existe a possibilidade de um mundo sem drogas.
- E por que a pessoa que deseja usar a maconha para fins medicinais ou recreativos precisa se envolver com o narcotráfico, com pessoas sem escrúpulos, com a máfia? O fenômeno do narcotráfico é absolutamente econômico. No Uruguai, o mercado de maconha representava 90% das drogas ilegais em narcotráfico.
Calzada apresentou aos senadores perguntas que devem ser respondidas: Qual é a questão central das drogas? O foco deve estar na substancia? Nas pessoas? Na cultura? Na sociedade? Na política? Na geopolítica? Nas normas? Na fiscalização do trafico ilícito?
Também participam do debate a coordenadora-geral de Combate aos Ilícitos Transnacionais do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro; o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil, Rafael Franzini Batle; o relator da Sugestão 8/2014, senador Cristovam Buarque (PDT-DF); e a presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES).